A criatura

Num albor triste o dia se vai

no campo se ouve o mais estranho dos ais,

é uma criatura que geme e se esvai

lamentando a hora dos domínios infernais.

Venha ferrenha noite

hálito de destemida destreza

venha indefinida e sombria

esparramar-se com seu manto de tristeza...

Estrelas fugidias iluminam o Vácuo

sozinhas e perdidas no escuro

são como brasas de um fogo fátuo,

línguas feroses que se apagam com um sussuro.

E no ventre da mata,ainda consternada

a criatura ainda suspira lágrimas da alma arrebatadas,

e a noite,Vida apagada,

suspira ainda tristezas,mágoas caladas.

ralv
Enviado por ralv em 11/09/2005
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