TÉDIO

Ninguém socorre a paisagem agonizante

Pássaros aterrissam cansados

O homem amofina-se

As árvores desistem de sombrear

O sol desmaiou nos subúrbios do céu,

A noite se aproxima

Agora tudo é tédio

A paisagem se cobre de cinza

Enquanto cavalos pastam nos campos lunares

Em meio aos sons dos ecos caídos do dia

Contudo a vida não para,

Se arrasta agora, pelos ventos infatigáveis

Derrubando as últimas flores

Ao assoprar o novo inverno

No deserto sem remédio

Dos meus olhos!

Celio Govedice
Enviado por Celio Govedice em 20/09/2014
Reeditado em 02/04/2021
Código do texto: T4968856
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