Despedida

E quando não se pode mais represar

Deixa-se inundar de pranto

Banhar-se em águas mornas salgadas

Da dor até então calada

Teima em se derramar

Dos sonhos doces, brejeiros

Da inocência conspurcada

Do futuro que não é mais

A dor destroça e balança

Solavancos em soluços

A dor tão sua conhecida

Que há muito então esquecida

Volta a se deparar

Com a realidade mundana

De querer, um só não se faz

O amor que alimenta os casais

Dor que apunhala a quimera

De algo que muito quisera

E não se teve jamais

Sonho da imaginação de poeta

Que no escrito põe força

De tão afável apreço

Que a brisa leve

Levou

Fernanda Garoli
Enviado por Fernanda Garoli em 08/10/2014
Reeditado em 09/10/2014
Código do texto: T4991226
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