Despedida!!!

Partidas que não adiamos, mesmo anunciadas.

Dores que não controlamos.

Nem evitamos.

O concreto ditando ritmo, direção, ao abstrato.

Versos (des) alinhados, em esperanças que se teceu “fio a fio”.

Água límpida de sonho presente, tua lembrança nunca ausente.

Saudade lado a lado com o respirar intenso, és tesouro encantado jamais naufragado.

Apenas guardado.

És tanto que nem sabes porque não acabas.

Nem te perdes.

Açucenas doces por colher flores silvestres.

O rio a correr para o mar a que sabes quando, um grito rasga o tempo.

Num lamento mesmo surdo, agita os meus sentidos, onde me abato.

Se escureceu o meu reverso, oposto do avesso.

O chão que suporta os passos.

Este tempo que me toma o sabor do tempo, sem tempo.

O gotejar, passando impassível.

Sem me olhar.

Sem escutar meu grito.

Sem tocar meu choro.

A dor que anestesia o pesar dos dias, no espaço vazio e os sonhos esses desfeitos… a alma que grita por mais uma migalha de tempo que acaba!

Palavras de pedras, em mim morrem todos os versos.

Saudades imensas meu Pai, meu espelho.

Deixou um vazio!!!

Negraapd
Enviado por Negraapd em 28/10/2014
Reeditado em 28/10/2014
Código do texto: T5014379
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