Espera...

Ando por ruas quase esquecidas

Num silencio absurdo do meu coração

Junto a mim uma solidão injusta e imerecida

Quase suplicante de qualquer perdão

Leio livros que ninguém mais lê

Num louco naufrágio de letras e poesia

Num devaneio angustiado de se ver

Buscando sentido nessa doida histeria

Sonho cenários áridos e distantes

Num infinito sem olhar o fim

Estou vítima do tempo, sou um errante

Que encerra todo amor dentro de mim

Penso naquele dia que há de vir

Tão logo, tão demorado e tão meu

Onde a espera é uma razão de sentir

Dentre tantas que você ja esqueceu

Vivo a inventar motivos e desculpas

Razões insanas para não sofrer

Onde antes só existia culpas

Agora só busco apenas sobreviver

Marcelo Scot
Enviado por Marcelo Scot em 11/11/2014
Código do texto: T5031651
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