Versos de lampejo



Versos de lampejos
Iam pipocando na minha mente!
A caneta escrevia, escrevia,...
Seu bico de esferográfica já quente
E os versos pipocando na minha mente!
Eram versos de amor sonhado, de amor vivido,...
Versos ardentes e cheirosos de amantes!
Aí pipocaram versos doídos de separação:
Versos de lágrimas quentes sulcando as faces amantes!
De repente, os lampejos cessaram,
Versos não mais pipocaram!
Pipocou no meu peito o coração
Aumentando repentinamente a aceleração
Senti na face uma lágrima quente
E a caneta esferográfica já de bico frio
Na linha branca aguardando um verso que não mais surgiu!
O poeta sentiu cada verso que escreveu,
Então, no poema se viu!
Exclamou: este poema sou eu!
 
Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 17/11/2014
Código do texto: T5037909
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