“Isso, isso, isso...!”

Não me esquecerei do grande menino

Poderia ser brasileiro, mas foi mexicano.

Com a pobreza dos que nascem sem ninhos

A fome, orfandade, o barril e o humano.

Desprovido do que tantos são

Brincando com a doçura da infância

Que não guarda em seu coração

Ruindade de adulto e arrogâncias

Chapolin, Chespirito ou Chavito.

“Tá bom, mas não se irrite”.

Como bola de gude ou pirulito

Não há quem te imite.

“Foi sem querer, querendo!”

Roberto Bolaños, o Eterno Chaves.

Sendo simples diante do que é grave.

Com a poesia de dores amolecendo

O Brasil de tantos seus Madrugas

Sem casas sem empregos

De tantas Florindas, Clotildes e seus Barrigas.

De professores Girafales, e Quicos e Chiquinhas.

Porque nos identificamos tanto?!

Porque apesar dos mesmos episódios?!

Sempre nos encontramos.

“E agora? Quem poderá nos defender!”

Sem heróis ou meninos.

“Ninguém tem paciência comigo!”

Mas guardaremos contigo

“A menos que o coração, que o coração sustente

A juventude, que nunca morrerá!”

Henrique Rodrigues Soares.