ASAS
ASAS
Sentiu-se recostar na parede do limbo
Abaixo de si uma escadaria e um abismo.
Desceria lentamente os degraus do inferno
ou cairia no abismo com ou sem uma mão a empurrar-lhe.
Aceitaria sua ínfima condição de subserviência e escravidão
E não mais caberia em si ou em suas dores.
Rastejaria por entre enfermos e moribundos
Até o dia que nem o mais ínfimo suspiro lhe restasse.
Tornou-se real a dor de sucumbir
Então a ascensão deixou de ser utopia
E passou a ser sua única saída
E ele escolheu o céu
E voou!