No alvorecer
No alvorecer de cada manhã
no bosque da vida
na fruta da árvore caída
estás a brisa a sussurrar
Ela diz:Onde foi o amar?
Combustão que queima a alma da alma
na tranquilidade do Armagedom
onde estás tu
neste Reino de Sião
ó pobre pecadora do coração?
Dantes ervas milenares
dantes confusões jamais esquecidas
dantes júbilos jamais enaltecidos
onde está a quimera dos meus sonhos juvenis?
Caminhando por entre brasas
do poente ao nascer do sol
neste vale de lágrimas
onde a lua sangra diamantes
e onde minha alma decai como anunciante.
No alvorecer das estrelas
ao inferno de Dante
onde estarás tu
ó ser pensante
que se diz ser minha vida
mais não passa de ser um delírio delirante?