Indiferença
Pobre daquele garoto
Que vive solto
Feito bicho de ninguém
Precisando de carinho
De abrigo e proteção
Pois ele não é culpado
De viver assim jogado
Sem direito e sem razão
Assim ele vai vivendo
Sozinho aprendendo
Como sobreviver
De uma maneira errada
Passando frio na calçada
Sem ter o que comer
A droga lhe consumindo
E ele vai adquirindo
A ilusão de um poder
Que não tem
Proteção nenhuma
Que a vida uma a uma
Ele vai comprometer
E um dia
Não bem distante
Vai acabar em um instante
Sem ter nada a perder
Quantos garotos de rua
Vive essa vida crua
De amargura e de sofrer
Quem pode
Não faz nada
Pensa que essa vida
Não vale nada
Vai se preocupar pra quer
Quando esse jovem aniquilado
De viver tão desprezado
Em sua porta aparecer
Aí ele vai ver
Que sua indiferença
Gera outra violência
E ele vai
Saber por quê