DILACERANDO-ME

DILACERANDO-ME

Tem um nó dentro de mim

Que não se acalma com um choro

Tem um nó dentro de mim

Que vomita os abraços farmacêuticos

Tem um nó dentro de mim

Que anseia por gente

Não posso comprar aquele sorriso de ontem

Queria palavras que falassem

E não que nadassem bêbadas

e claudicantes

Nesse riachos de repetições

Diacho, maldições!

Um dia prometeram-me um mundo melhor

Disseram-me que tudo ia mudar

E eu acreditei

E preciso de novo acreditar

Preciso daquela água cristalina e brilhante no meu peito

Preciso urgente dar um jeito

De viver....

Os meus gestos autômatos também

Como as palavras que ouço...

Nenhuma maldade

Só incapacidade mesmo

De apagar essa fumaça preta que me ronda

Quero colo sem importar se já tenho não idade

Quero gritar ,chorar me fragilizar

E ouvir alguém dizer que amanhã tudo vai mudar

Preciso hoje de um amor de mãe!

Conceição Castro
Enviado por Conceição Castro em 11/01/2015
Código do texto: T5097709
Classificação de conteúdo: seguro