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Mais uma vez seus olhos povoaram meus sonhos
Entregue a esse torpor maligno pude sentir seu cheiro e seu calor
Meu tesouro que apenas dormindo posso contemplar
Sozinho mais uma vez deixaste me ao acordar
E quem sabe quando a verei
Quando meu corpo encontrará a paz de sonhos tranquilos
Quando seres de dimensões antigas não a levarão de mim
E lembrando, deitado sobre teu corpo
Aquecido, protegido
Enebriado com o cheiro de teus cabelos
No frio de meus dias recordo teu rosto
E por mais que tente sei que jamais a verei
Não da mesma forma...
Tais trechos perdidos de um desconcerto banal
Àquela que se deita comigo irão irritar
Mas que faço eu senão afastar
Quem amo, amei, amarei
A musa de minhas noites de paz encantada sempre procurei
Para em meu ultimo amanhecer em seus braços estar
Aquele que sempre foi o gosto amargo do fel
A marcha fúnebre já toca
E sobre meu túmulo vazio
A forca que sufoca
Teu, sempre teu
...o vento à porta...