OUTRA VEZ O MEU SILÊNCIO
(Por Aglaure Martins)
Entre violinos e harpas ouço o meu silêncio
tão sereno no meu pequeno mundo (tão meu).
Entre meus dedos o tempo derrama-se
afaga minha memória, despenteia minhas lembranças.
Dançam os sentimentos adormecidos,
outra vez adormecidos (tão meus).
Solitários, sem ritmo bailam uma valsa
na cadência do meu próprio coração.
Para que exclamações, interrogações, vírgulas?
De que valem palavras sem ações?
Sim, há música ... A melodia soa descompassada
nas reticências do ontem (quase inaudível)...
Propagado em ecos, os ecos do meu silêncio
cantarolam em todos os tons
a canção que só ele é capaz de entender, de decodificar.
Outra vez seja bem - vindo, silêncio.
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JP19012015
https://www.youtube.com/watch?v=xwsYvBYZcx4