O ÓDIO E O CRÂNIO
Velha debocha do vil Diabo
O rancor sobre o crânio pairando
Desta desumanidade calando
No trono o cínico amaldiçoado
A zombar da maldade decrépita
Bolhas redondas na tez roxa
Soprando um vapor de álcool
No mais longínquo mundo
Quiseram maltratar a viúva
O globo louco se espalma
Nos delírios da droga
Rompe e escarra e se empolga
Sonho na alcova não se acalma
A cada pancada o crânio se desfaz
Morte dos ossos da criatura
Na existência feroz de Hera
Quando irá acabar a maldita procela
No lábio ferino da pantera
Jogado ao ar desta tapera
Meu cérebro insano desespera
No sangue da vítima singela.
DR PAVLOV