O ÓDIO E O CRÂNIO

Velha debocha do vil Diabo

O rancor sobre o crânio pairando

Desta desumanidade calando

No trono o cínico amaldiçoado

A zombar da maldade decrépita

Bolhas redondas na tez roxa

Soprando um vapor de álcool

No mais longínquo mundo

Quiseram maltratar a viúva

O globo louco se espalma

Nos delírios da droga

Rompe e escarra e se empolga

Sonho na alcova não se acalma

A cada pancada o crânio se desfaz

Morte dos ossos da criatura

Na existência feroz de Hera

Quando irá acabar a maldita procela

No lábio ferino da pantera

Jogado ao ar desta tapera

Meu cérebro insano desespera

No sangue da vítima singela.

DR PAVLOV

Dr Pavlov
Enviado por Dr Pavlov em 04/06/2007
Reeditado em 10/10/2008
Código do texto: T513116
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