Sem vestígios
Como pegadas
Que são apagadas,
Como alguém que não tem sombra,
Como alma que não sonha...
Como lágrima que sufoca
Por não poder rolar,
Como a recordação que evoca
O vazio a ecoar...
Como morte lenta e pavorosa,
Como ilusão atroz,
Como espinhos sem a rosa...
Assim ficamos entre nós.
Entre silêncios e recordações negadas,
Entre abismos e mansagens apagadas...
Ainda vibra em meu pensamento a tua doce voz
Eu permaneço triste e vazia a pensar em nós...
Como é cruel essa dor que me corrói,
Essa angústia, essa ausência que me destrói!
A todo momento, sonho acordada...
E vejo o brilho dos teus olhos na noite enluarada.