*Menina de Rua*

Creiam-me, caros senhores

Nada ou tudo que vos fale

Se sou aquela... ou cale

Em mim um grito de horrores.

Voltei à menina de rua

Que à cama úmida e fria

Torturava e lhe tingia

A verdade seminua

Dêem-lhe do bolso um trocado

Do céu o pedaço negado

Da vida que vestiu Andaluzia.

E os risos que se faz à mendicância

Sequem nos soluços de criança

Que em mim se transformou em poesia.

Canos, 06 de junho de 2007/RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 05/06/2007
Reeditado em 05/08/2009
Código do texto: T515422
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