Esta flôr, tão ferida, pequenino Lázaro
Ela menina, ainda demais ser meiga...
Tão amparada pela dôr, não semente
Ainda a solitária filha sem sua terra...

Uma côr arrancada ao jardim incauto
De flôrzinha, de nome ausente à sós
Perdida eremita de si mesma assim...
A têmpera de um tom de suave odor

Colhida por quem desarmava esperas
Nunca arrependidas a mãos tremidas!
Perdida como flora dentro das selvas
Uma prima de rainhas de alheios reis

A coitadinha em infinito e meu suspiro
Tento chorar por ela lágrimas mútuas
Olhando por ela agora assustado ser
A querida de meu olhar tão piedoso...
Preciosa jóia de verde plumar amôr!


     
Solidão não sendo a  boa enfurna maus
lençóis, expõe a nau a naufragar, e faz
soçobrar lágrimas que não vem somente
por acostumar-se! E sou a donzela meiga,
a moça amiga, o arauto de saiote afeminado,
menina que tristemente conhece feras ôcas
e vagalumes do saber!  ( jú, bem jururú... )
Jurubiara Zeloso Amado
Enviado por Jurubiara Zeloso Amado em 12/04/2015
Reeditado em 12/04/2015
Código do texto: T5203874
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