De Braços Abertos

A cada dia vejo você se distanciando...

Vejo você alongando os milímetros

que nos unem.

Vejo você caminhando em direção

a minha antidireção

e indo para onde não pretendo ir.

Vejo você ir...

Vejo o choro que espalha quando passa

e as suas pegadas na lama das lágrimas.

Tenho vontade de gritar seu nome.

Tenho medo de gritar seu nome.

Tenho medo que vá; Tenho medo que fique.

Olho para trás,

e lembro que até ontem planejávamos o hoje;

hoje não temos o amanhã.

As cartas que me enviou estão guardadas;

as minhas, você guardará?

Olha,

antes de ir quero que saiba

que tudo que existiu foi verdade;

pura e real verdade:

Os beijos, os sonhos, os risos, as lágrimas,

as brigas e a saudade;

tudo verdade.

Pode ir,

mas saiba que estarei no mesmo lugar...

é só olhar para trás e voltar.

Estarei de braços abertos.

Talvanis Henrique

Carmópolis - Sergipe

Professor Talvanis
Enviado por Professor Talvanis em 17/04/2015
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