Eu, Maria.

Maria das minhas dores, minha insignificância.

Assumo-me Maria hoje.

Maria, esse nome de que nunca gostei e tive que carregar como

Imposição devido as crenças de quem concebeu-me.

Esse nome que não trouxe-me nenhuma ventura, nenhum privilégio

Como intencionara minha mãe que deu-mo como um "presente de grego". Não gosto de ser Maria, mas sei que o seria mesmo que não fosse.Nasci Maria assim como "os tantos Severinos dessa vida severina."

Então está bom, mesmo não estando...

Sou Maria, sou alguém.

Sou Maria e sou ninguém.

Um número que ninguém conta

Algarismo negativo.

Luz que já se extinguiu em um sopro.

Eu, Maria.

Elenite Araujo
Enviado por Elenite Araujo em 01/05/2015
Código do texto: T5226698
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