Prisão sem muros...

Gritos no escuro que clamam pela escuridão.

O sofrimento da alma perfurada por uma lamina afiada atraves dos tempos.

A escuridão que sucumbimos em nossa caminhada,caminhando em solitárias florestas, com a visão encoberta pelo eclipse oculto.

Tristeza,melancolia,dor,arrependimento,redenção.

As gostas de chuva caem do céu como se fossem as lágrimas que chorei na partida. Amordaçados pela desilusão, esquecidos dentro dessa floresta sombria.

Caminhamos com passos largos para o encontro de toda nossa depressão, mente,corpo,coração, esquecidos...o estado de decomposição,o apodrecer da inocencia.

Mãos cerradas,corpos mutilados, dor, exclusão,olhando para o céu em busca de uma unica salvação, o paganismo de sua alma exorcizando demonios interiores.

A melancolia de um conto que foi contado a muito tempo e que abre diversos precedentes para interpretação.

Doloroso arrastar o que nos amordaça e nos prende,o que nos aprosiona dentro de nos mesmo.

A dor do corte da faca em nossa pele, as laminas afiadas que saem de sua boca,cortando minha eterna inocencia, minha prisão sem muros, meu calabouço aberto e ferido coração.

Leandro Vidile
Enviado por Leandro Vidile em 11/05/2015
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