Asas Quebradas

Asas Quebradas

Então se vê cansado, desistindo

Desejo crescente de não mais voar

Sua face lânguida está refletindo

A intensa vontade de chorar

Prostrado sob as secas palmeiras

Asas quebradas não sentirão o vento

Acorrentado neste mundo de sujeira

Acabrunhado, transforma-se em rabugento

Amaldiçoa o tempo de asas libertadoras

Palavras em xingamentos, triste fim

Depara-se com a realidade retalhadora

Sua perdição proclamada enfim

Em uma fortaleza de lágrimas a reinar

Pequena demais para suas tristezas

Onde o lema é a semeadura do odiar

Afoga sua alma em abissal profundeza

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 22/05/2015
Código do texto: T5250622
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