MANHÃ DE SAUDADE

Uma música ao fundo, parece nana, melancolia, e uma dor atroz

Um silêncio profundo. Hoje o sol empreguiçou-se, e vento ainda dorme até tarde.

Hoje eu tento fugir, mas qual? Para onde?

Vocês me perseguem pelo caminho. Há pedras no caminho, não há sossego.

Nesses dias assim, ouço gritos em mim, ouço tiros, outra guerra de um fim,

Sinto o cheiro da tua carne queimando e sumindo em mim.

Meus algozes são cruéis e já não podemos mais amar como dantes fora,

Ah! Meu amor. Meu morto amor que me causa saudades, que já se fora além de mim.

O desatino é o ecoar do tino que tine sem receio de ferir no limo,

Um coração sem atino, é um carrasco opressor desalmado e frio.

Tua lembrança me faz sentir a vacância de um coração risonho que um dia houve em mim,

Mas esse desatino tine tão alto que já não a vejo, apenas sinto que um dia exististe aqui.