Meu eu-lírico morreu de fome

Meu eu-lírico morreu de fome

nessa terra de fast-food.

Jamais o deixaria mendigar

leituras ou

gourmetizar suas escrituras.

Morreu de sede meu lirismo,

nesse mundo tão sedento

por supérfulo poetismo.

Morreu aos poucos meu

criticismo, nessa era

que todos discutem sem sentido.

Morreu um pouco, esquecido,

aquele poema rico, que não

teve o sabor de ser reconhecido.

Brunna Cândida
Enviado por Brunna Cândida em 02/07/2015
Reeditado em 02/07/2015
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