Punhalada ferina de uma mentira

Punhalada ferina de uma mentira

Sangra meu peito líquido copioso

Chaga invisível que lancina em ardor

Que verte de minhas lágrimas o amor

Sob o sussurro de um choro lamurioso

Dor transfigurada na odiosa traição

Punhalada ferina de uma mentira

A queimar meu coração sobre a pira

E deixar meus restos em decomposição

São fragmentos de um crédulo morto

Atirados sob a perspectiva da realidade

Perdido na ilusão a viver a dura verdade

Em tortas promessas procura conforto

Em vão, deliro nas notas deste verso

Embriagado pela dor que vem e corrói

Quanto mais bebo, mais a chaga dói

Em linhas, com meus fantasmas converso...

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 11/08/2015
Código do texto: T5342151
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