Sangue e Sal

Sangue e Sal

Sentado sob uma rocha escura

Ao pé da sua última morada

O cântico das aves e sua doçura

O vento forte e suas rajadas

Atento ao crepúsculo acontecer

Pungente dor da suma emoção

A um passo o derradeiro fenecer

Risca alguns versos em contemplação

Mais um passo não cauteloso

Já imerso em seus pensamentos

Caminhando assim impetuoso

Contanto os finais momentos

Mergulha, mergulha com sua vida

Em sua nova casa, junto ao mar

O vento corta... Cantando a partida

Sentindo sua vida o deixar

E nas rochas, sangue e sal

Misturados, unidos e perpetuados

Uma vida simples, sem grande final

Cessa a peça de teatro derrotado

Eduardo Benetti

Eduardo Benetti
Enviado por Eduardo Benetti em 26/08/2015
Código do texto: T5359643
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