Vazio
Acordo de manhã e espero
Por um dia que seja diferente
Mas cada dia que me levanto
São iguais e passam lentamente
A solidão, a casa vazia
Os cigarros no cinzeiro
A bebida em cima da pia
Até o pequeno espelho do banheiro
Vejo nele meu rosto cansado
Com olhos negros e pesados
E penso novamente, quando
Tudo isso terá acabado
Que devo fazer para sair
Desse abismo tão profundo
Que me separa da felicidade
Que me mantem distante do mundo