VAMPIRO
solitária num banco
ela atravessa
a tessitura da tarde
celular & uma revista
de amenidades
são companhia
parece
estar à vontade
é apenas impressão
dentro pulsam
tristeza & raiva
em ebulição
se alguém
senta-se ao lado
desnuda-se a armadura
conta sua estória
chora os desencontros
amaldiçoa sua trajetória
o outro atordoado
logo saí dali
nos olhos
uma represa de lágrimas
e uma estranha dor
no plexo solar.