PERDÃO TARDIO.

Minha pena muda pego

na escrivaninha empoeirada,

palavras vãs, não nego,

não servirão de mais nada!

Contudo, calar não consigo

cambaleante em total pobreza

faltou-me sim a nobreza

do perdão não concedido... Digo:

Quisera voltar no tempo agora

dizer que está tudo bem...

Mas você foi embora

e o meu perdão não serve pra ninguém...

Da ferrugem que já foi tinta

versos pobres esses meus

quero apenas que você sinta

de coração, vá com Deus.

Talvez um dia nos encontremos

em pastos verdes, celestial,

e juntas, de tudo riremos e falaremos

tanto do bem, quanto do mal...

Guardarei com carinho na memória

fatos que fazem parte da minha história

e ao me contar estarei lhe contando

e, assim, em vida, lhe perpetuando.

DESCANSE EM PAZ.

HERMÍNIA ROHEN
Enviado por HERMÍNIA ROHEN em 21/12/2015
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