Luto em Mariana

O Doce rio que outrora corria aqui em seus muitos quilômetros,

Tentava beliscar o mar onde vivem douradas mulheres capixabas.

Mas ali chegaram as mineradoras com o delírio de ganho fácil,

Explorando o minério que repousava no ventre da Mãe Terra,

Trazendo a ilusão de progresso e abundância, deixando a destruição.

Todos se tornaram responsáveis pela agonia e morte do rio.

Os donos do Poder nada disseram em favor desta pobre terra,

Fonte de vida que como o rio, estrebucha ao calor do Sol do meio-dia.

Hoje a lama corre às margens, corre o tempo de abundância que se foi.

Em poesia, o Poeta, lá no fundo de um passado, fez soar a sua voz.

Hoje, sentado à beira do rio-lama, o Poeta chora.

Entre lágrimas sentidas murmura: - Luto em Mariana – Lute Mariana

Laerte Creder Lopes
Enviado por Laerte Creder Lopes em 23/12/2015
Reeditado em 19/09/2019
Código do texto: T5489325
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