Sem canto

Como escrevo tal diário

Notas se fazem

De desventuras

Desavenças

Tristezas intensas

Tristes rimas verdes

Que pendem como jacas

E tombam em minha nuca

Jacas pesam!

A vergonha pende

E rezo em cada conto

Por aqueles que

Fiz uma lágrima verter

Não quis vê-lo sofrer...

Deus!

Por que persisto?

Todos os dias lhe peço

Todos os dias espero

A sombra que me envolverá

E embalada em sono profundo

Devolver-me-á ao mundo

De onde vim

O mundo dos sonhos

De cirandas eternas

Onde cantam e se deslumbram

Os imortais!

Madame F
Enviado por Madame F em 03/01/2016
Código do texto: T5498494
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