Soneto do Mascarado
Peço que não te afaste de mim,
Que eu possa ao menos ser teu amigo.
Pois te ver eu muito preciso,
Única rosa do meu triste jardim.
E se eu demostro ser assim extrovertido,
É que não quero que vejam o que há em mim,
Um tormento causados por amores sem fim
Nos quais nunca fui correspondido.
Não acreditas que escrevo tão tristemente,
É que não sabes das dores frequentes,
Que meu coração já sofreu.
Te ver longe de mim me desnorteia,
Pois és o meu vinho da Santa Ceia,
E não há sabor tão doce como teu.