Soneto do Mascarado

Peço que não te afaste de mim,

Que eu possa ao menos ser teu amigo.

Pois te ver eu muito preciso,

Única rosa do meu triste jardim.

E se eu demostro ser assim extrovertido,

É que não quero que vejam o que há em mim,

Um tormento causados por amores sem fim

Nos quais nunca fui correspondido.

Não acreditas que escrevo tão tristemente,

É que não sabes das dores frequentes,

Que meu coração já sofreu.

Te ver longe de mim me desnorteia,

Pois és o meu vinho da Santa Ceia,

E não há sabor tão doce como teu.

ANJO DA SOLIDÃO
Enviado por ANJO DA SOLIDÃO em 16/01/2016
Reeditado em 16/01/2016
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