autópsia do sonho
Morbidas são as lembranças
do enterro de meus sonhos
São armadilhas disfarçadas em sorriso
Um envenenamento diário
Apenas o padre e o coveiro
Após a última porção de terra
O padre ergue a batina
E pade para ser penetrado com a pá
Nem uma garoa nem um céu cinzento
Alguns anos à frente
Vem uma menina que amei
E aponta meu epitáfio(com foto talvez)
Veja mãe,como morreu jovem
E a mãe explica:
Este ai é aquele menino que se matou
e ninguém sabe porque.