As vestes

Rasga as vestes que me cobrem

E elas ficam avermelhadas

Com o sangue de minha alma

No limiar das cores tudo cinza

Enquanto banho-me em silêncio

Numa tristeza que me devora

As folhas caem em meu peito

E melancólicas são meu jazigo

Pois, sem sombra sou ninguém

O turbilhão da dor adormece

Levando o sorriso que eu nunca tive

Escondendo o rosto angustiado

De quem sufoca...