A mão de um pai

Mão pesada que me oprime

Mão que marca o meu rosto

No meu peito dor e ódio

Nos teus olhos tem desgosto

Nunca fui teu ideal

Mas perceba, não sou tua

Sou tão livre, tão mundana

Não sou vestes, eu sou nua!

Não reprimo minhas vontades

Não me importo com os açoites

Tantos socos, tantos tapas

Gritos e sermões na noite

Me deixe ver o sol nascer

Curtir minha energia

Falar quando eu quiser

Não posso ser reprimida

Não sou uma cópia de ti

Tenho o meu jeito de ver

Confronto e debato sim

Sem isso não sei viver

Tua mão tenta me oprimir

Mas teu soco não calou

Meu peito 'inda quer falar

A vontade não passou

Eu tento seguir em paz

Tua mão quer me sufocar

Meu choro desce no rosto

Meu coração quer voar.

LARI SSA
Enviado por LARI SSA em 06/04/2016
Reeditado em 09/04/2016
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