Filho do ninguém

Sou fotocópia do meu pai,

O prazer por ele vivido,

A desgraça que não quis

Assumir.

Sou fruto do prazer e desgraça.

"

Filho da mãe África, carregando

Prantos sofrimento das correntes

Que por séculos acorrentara

Almas dos meus,

"

O filho esquecido pelo pai,

O ser que sempre levanta quando cai

E segue o caminho cheio d'espinhos.

"

Sou a liberdade da noite, a calma dos

Olhos tristes, o grito das timbilas,

O mistério do Mapiko, chamam-me

Menino da rua.

Arnaldo Tembe

Fingidor Poeta
Enviado por Fingidor Poeta em 17/04/2016
Código do texto: T5608054
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