FERIDA ABERTA
A ferida que corrói o ser
Que inunda meu bem querer;
Vai tomando para si,
Esse corpo com festim!
Oh! Dor cruel que se faz,
Em minh'alma sem voz, meu algoz!
Dissipa sem pensar minha vida,
De amores e paixões és bandida!
Render-me-ei a ti!
Meu sofrer...
Entregando-lhe o sopro de fôlego que resta
em mim...
Toma-me e sacia-te, e pagarás para sempre
o preço da angústia em que me fazes viver.