Ar

Teu insulto

Teu mundo mudo que não muda

Teu grito surdo a vida surta

Teu mês passando em vulto

Ar

Ar de arrogância

Infantil nas tuas frases impensadas

Presente em todas as coisas que olhas

Espere

O mundo não é tão mal como pensa

Arrependo-me do tempo

Dos orgasmos

Dos momentos que perdemos juntos

Arrependo-me

Dos neurônios

Das salivas

Dos versos

E das linhas que gastei contigo

Não quero, de boca alguma, ouvir de novo os gritos que saíram da tua

Não quero, de forma alguma, que nos lembre juntos na rua

Espero, de coração, esquecer-me de tua coxa nua

E do cheiro do ar que sai da tua garganta enquanto berra injúrias

Injustiças

Delírios

Futilezas

E tristezas.

Um dia quem sabe,

Esqueço-me da decepção

Que tornaste no meu coração.

Luan Tófano
Enviado por Luan Tófano em 28/05/2016
Reeditado em 22/07/2016
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