O meu mal

Por que me jogo tanto ao mar

Como um barco

Que vai ao fundo

Sem por uma âncora

Por que me jogo tanto aos ventos

Como um pássaro

Que voa bem alto

Sem asas

Por que me jogo tanto ao coração

Como um fogo

Bem forte

Mas sem madeira e carvão

Por que me jogo tanto pela vida

Como um garoto

Que tanto sonha

Na realidade tão escura

Por que sou tão assim jogado

Eu que tento acreditar

Tanto nas maravilhas

Que meus olhos internos

Tão enxergam

Eu que tento chamar

Aquilo de lindo

Que move pelas montanhas

E os céus

O meu mal é acreditar...

Sofia do Itiberê
Enviado por Sofia do Itiberê em 17/06/2016
Código do texto: T5669994
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