Flor do meu tato

Sinto saudades não nego

De quem já tive em meus braços

E na saudade em que carrego

Em todos os poemas entrego

Ao menos um dos teus traços.

Nos poemas escrevo teu sorriso

Que a tanto tempo escondido

Passa dos meus olhos tristonhos,

Mas quando minha boca louca,

Pousa na tua doce boca

Desperto de tão lindo sonho.

Que saudades que tenho

De acariciar teu corpo

Tempo bom que se finou

E no lápide da saudade

Na cova da ansiedade

Sem você deitado estou.

As vezes despercebido,

Passo num campo florido,

E vem você em minha mente,

Colho uma flor com carinho,

Toco-a com meus lábios sombrios,

Então me sinto diferente.

Será que é porque te chamava de flor

Que se abria linda e exalava amor,

E se desmanchava a sentir meu tato?

Flor que se abriu um dia pra mim,

Isso bem antes que eu me tornasse assim,

Triste como sou hoje de fato.

ANJO DA SOLIDÃO
Enviado por ANJO DA SOLIDÃO em 29/06/2016
Código do texto: T5682021
Classificação de conteúdo: seguro