Flor do meu tato
Sinto saudades não nego
De quem já tive em meus braços
E na saudade em que carrego
Em todos os poemas entrego
Ao menos um dos teus traços.
Nos poemas escrevo teu sorriso
Que a tanto tempo escondido
Passa dos meus olhos tristonhos,
Mas quando minha boca louca,
Pousa na tua doce boca
Desperto de tão lindo sonho.
Que saudades que tenho
De acariciar teu corpo
Tempo bom que se finou
E no lápide da saudade
Na cova da ansiedade
Sem você deitado estou.
As vezes despercebido,
Passo num campo florido,
E vem você em minha mente,
Colho uma flor com carinho,
Toco-a com meus lábios sombrios,
Então me sinto diferente.
Será que é porque te chamava de flor
Que se abria linda e exalava amor,
E se desmanchava a sentir meu tato?
Flor que se abriu um dia pra mim,
Isso bem antes que eu me tornasse assim,
Triste como sou hoje de fato.