DESESPERANÇA
No ano 3.014
Os poluidores do planeta Terra já terão se arrependido
De contaminar o Meio Ambiente
Porém, os bosques já estarão destruídos.
As árvores não terão galhos
e folhas verdejantes para purificar o ar.
A camada de ozônio estará totalmente detonada, cinzenta.
Um buraco enorme causará dano e dor
aos poucos viventes que aqui restarão.
No interior das casas
se ouvirá clamores e rumores de sofrimento,
Pessoas morrendo asfixiadas,
Pássaros sem canto e recanto
tentando construir seus ninhos nos fios elétricos.
O tempo será áspero,
e vapores quentes escorrerão dos rostos das crianças
que buscarão sedentas por água fresca,
nascentes dos rios...
Uma nuvem negra de urubus
se espalhará no cerrado goiano,
À beira de ossada oca,
sem chance de um banquete carniceiro.
Idosos lembrar-se-ão dos banhos de mangueiras
nas tardes de domingo.
Cientista, “desinventarão” as tecnologias excludentes.
Homens, buscarão os bate papos nas calçadas
manchadas de óleo diesel,
E nunca mais ouvirão o canto alegre do sabiá.
Lágrimas correrão nos olhos dos ambientalistas,
Pois a terra estará seca, improdutiva,
Sem verde, sem cor e sem vida
Meire Cavalcante - Minaçu-GO