Mar, doce amargo lar

Desperto

és meia noite

De longe

mas, perto

O ressoar das ondas posso ouvir

A intensidade

em que recaem sobre as rochas.

Alcançando a beira da praia

A beira de nossas casas

batendo à porta.

Meus pensamentos se agitam

e a telecinese rapidamente alcança meu coração

A alta voltagem é perigosa

Por dentro é como um sistema prestes a ter um curto circuito.

Consegues ouvir ?

Não.

Por fora é um silêncio

Mas, por dentro é uma densa tempestade em formação.

Oh, não se envaidessas minha alma

quando as ondas se acalmarem.

Imprevisível

Elas gradativamente se enfurecerão

Não sussegarão enquanto não te jogarem pra fora desse barco.

Te fazendo regredir

Do caminho que estavas a prosseguir

Tirarão sua energia.

E sua esperança será naufragada

Oh, minha alma

não se atrevas a sentar na beirada desse barco

por segundos voltar a sentir a brisa do vento acalentar teu rosto.

Serás em vão

Sempre em vão

Desse mar agitado, intenso, profundo

que fiz de abrigo

Hoje se tornou minha maior prisão.

Víctor Sigmaringa
Enviado por Víctor Sigmaringa em 07/11/2016
Reeditado em 08/05/2018
Código do texto: T5815533
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