A Tristeza de Minha Rua
É extremamente feia a minha rua.
Sem lua.
Com a total ausência de crianças.
Esperanças?
Bebês não choram mais nas madrugadas.
Caladas!
As senhoras estão todas capadas.
Coitadas!
Os varões fizeram-se eunucos.
Caducos!
“Coisa do passado” é natividade.
Maternidade!
Sem nenhuma alegria nas calçadas.
Amuadas.
Futebol de botões não se vê.
Pra quê?!
Muito menos meninas pular corda.
Acorda!
Inúmeros caixões, sobram berços.
Tropeços.
Tenho vergonha desta minha rua.
Nua.
Camisinhas instigam à luxúria.
Penúria!
O modismo agora é vasectomia.
Quem diria!
A minha rua não tem alegria.
Monotonia.
Aracaju Sergipe, 05/ 01/ 2017
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Obrigado os distinto poeta Alfredo D Alencar, pelo enriquecimento de minha obra.
Na rua mora um poeta.
Tem fantasia.
Um grande vate está nesta.
Alegria.
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Agradeço de coração penhorado, a participação de SanCardoso.
Uma rua sem a lua
tão triste e calado
nem pio da passarada
a noite se desvirtua.