Senhor da solidão
Justo eu, senhor da solidão, decidi matá-la com um amor
por achar que a verdade era o amor e na verdade
amor agora vai embora e onde está a verdade?
Justo eu, senhor sem solidão, decidi coagir com o sangue
derramado da minha própria mão para que a mão
leve ao espirito o fruto amoroso da tua ternura.
Matei a solidão e não deixei de estar sozinho.
Agora, nem sozinho nem amado, só senhor desencontrado
por prosseguir escrevendo sozinho a história
do amor assassino desinteressado pela vítima.