A ferida

Assis Silva

Há uma ferida aberta que teima em não sarar

Aberta em meu peito em um tempo remoto

Por uma lança de desejo não realizados

Por um excesso de desprezo tal qual um terremoto

Tão viva ainda dói ardentemente

Já procurei remédio, mas minha memória

atenta e sentinela no recôndito escondido

Traz à tona a todo momento a tão triste história.

Há uma ferida aberta no tempo

Em um espaço que não conhece limites

No moinho remodelador traiçoeiro

Quem sem licença inventa de dar palpites.

Talvez a morte, curadora das grandes dores

Amiga dos sofredores e minha quando desanimado

Seja minha única solução nesta sina:

Dê-me alegria e um novo estado.

Assis Silva
Enviado por Assis Silva em 27/01/2017
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