Vá... só vá...
É inexplicável a velocidade
Com que a desolação se impregna
Lacera e lapida a alma vivente
É lastimável o pranto salgar a face
Rasgar a carne, picotar sonhos
Como um simples papel manteiga
Como uma seda
É inexprimível a dor e aperto
Que no peito chega sufocar
Afasta a fala, o fôlego
Traz um soluço...
Tal qual fosse uma dose de rum
Um cigarro barato
Tal qual uma prostituta
Nada é pior... nada...
Deixe-me sentir minha dor
Deixe-me!