O grande encontro

A cada dia me encontro

nos sobejos de felicidade

assim como a tempestade

que a fartura da colheita limita

E ela veste e cala, caça aquele que grita

de coração despreparado

e trajeto todo mergulhado

de vazio

Não sei se calo, grito ou brado

porque para cima, frente ou lado

sua face nos sorri contente

pois para cada luz nascente

um vivente vira cruz e chão

e quanto mais orgulho e ingratidão

apodrece o caminho e definha as veredas

Dê de comer "a ela" as incertezas

apontando pra ti a ponta do cinzel

O moribundo vivo e desdentado

sentado à mesa pensando

com "a pungente" discutindo seu fardo

Não sei se calo, grito ou brado

Cordão de prata cortado

sigo vestido de além