TUDO PASSA - Poesia nº 50 do meu quarto livro "ECLIPSE"

Já somados em dois

E que aqui, estamos,

Nesta luta pela

Fria compaixão...,

Pertencemos ao nada,

Desses seres de um adeus

Que se arrastam na solidão,

Em vagabundas madrugadas...!

Tortos caminhos da vil e fatal injustiça

Que se fez retidão, a nos tratar por igual,

Sem eu a merecer, porque é nesta doença

Maldita e incurável, que se abrem os olhos

Para vermos o que realmente é o padecer...!

Destino que nos acolhe aos prantos,

Mas querendo em troca de piedade

O respeito pelo castigo da sua traição.

Tu foste um vencedor nas aventuras,

Porém, um derrotado pelos assédios,

Desejos e fome, da dita infidelidade!

Agora, tu és uma profunda amargura.

Quantas vezes te avisaram

Ó meu triste companheiro,

Para você amar apenas

A mim e ao meu coração!

Já não ando mais!

Já não falo muito!

Já somos o nada!

Estou igual a você, sofrendo,

Tudo porque a cobiça sexual

Engoliu a sua vã consciência...

E agora é tarde, tarde demais...

Mas tudo passa, tudo passa...!

Eduardo Eugênio Batista

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Setedados
Enviado por Setedados em 19/03/2017
Código do texto: T5945368
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