Desalento

O gado magro seguia ela

Que debaixo da lua azul brincava

De catar raios de luz na poeira

Fingindo que não flertava

Ô, Sínhô, trás paz pras campinas!

Colore as estrelas de novo

Manda um anjo à menina da colina

Cate a tristeza que dói no seu povo

E nessa linha reta da noite no vão

Se acanham tristes os violeiros

Faz dar água no sertão

Onde já nascem meninos guerreiros

Tem dias nos olhos dela - a menina

Que finge não flertar com o tempo

E se assusta no verso sem rima

E passeia à noite, sob o céu... No vento

Corina Sátiro
Enviado por Corina Sátiro em 31/03/2017
Reeditado em 31/03/2017
Código do texto: T5957665
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