Hoje minha cor é triste

A minha lágrima não resiste

Insiste

Inunda o papel

Qual a minha

Doída surpresa

A cor que subsiste

É, simplesmente

Triste

Transparente e permanente

A dor é latente

Minha face está fervente

Nunca uma cor tornou-se tão triste

Consiste, sim, em forte dor

Que em minha alma subsiste

Meus olhos teimam

Choram, minam

Não secam

Meu amigo querido

Muito mais que meu Chefe Preferido

Tinha o colorido

Daqueles cujo sorriso

Ultrapassa um simples alívio

Era a certeza de caloroso abrigo

Muito mais que meu Chefe Preferido

Era você Paiva

Pai

Que tive a sorte

De escolher

Nunca negou-me o norte

Era como o nome encerra

Pai, meu Pai Paiva,

Pai que ouvia com paciência

Pai que com toda inteligência

Jamais negou compartilhar a sua prudência

Mesmo sabendo que Deus

De você Pai Amigo

Abreviou-lhe tamanho sofrimento

Mesmo assim

Em mim, cravou um punhal

A dor de um imenso lamento

A cor que agora é triste

Suplico a Deus Querido Paiva

Que em algum momento

Possa encontrar-lhe

Na imensidão do firmamento

No entanto, hoje não escondo

O meu sentimento

A minha cor é triste.

vivianne marinho
Enviado por vivianne marinho em 18/04/2017
Código do texto: T5973934
Classificação de conteúdo: seguro