Velha ferida

Sangra ainda em mim uma velha ferida

de um flagelo sem culpa e sem martírio.

Apenas uma chaga insistente,

uma dor inclemente no meu peito

e um desejo de escapar desse delírio

em que me sinto assim dilacerado

sem saber direito o que há de ser,

sem saber por que eu sou culpado,

sem saber, sem saber, sem saber...

Poeteiro
Enviado por Poeteiro em 18/10/2005
Código do texto: T60652