Velha ferida
Sangra ainda em mim uma velha ferida
de um flagelo sem culpa e sem martírio.
Apenas uma chaga insistente,
uma dor inclemente no meu peito
e um desejo de escapar desse delírio
em que me sinto assim dilacerado
sem saber direito o que há de ser,
sem saber por que eu sou culpado,
sem saber, sem saber, sem saber...